Na designação de frutos silvestres, frutos do bosque, frutos vermelhos ou pequenos frutos, englobam-se um conjunto de frutos de cor diversa (arroxeada, negra, vermelha, amarela e até branca) como por exemplo:
  • Amora-silvestre (Rubus fruticosus)
  • Framboesas (Rubus idaeus)
  • Groselha-espim (Ribes uva-crispa)
  • Groselha-vermelha (Ribes rubrum)
  • Groselha-negra ou cassis (Ribes nigrum)
  • Mirtilo (Vaccinium corymbosum)
  • Morango (Fragaria spp.)


A maior parte das variedades destes frutos dão-se melhor em locais bastante soalheiros e abrigados, podendo em alguns casos tolerar sombra parcial, preferindo solos profundos, com boa drenagem e pH próximo de 6,5.

Dica 1: Evite fornecer adubações muito azotadas, sob o risco de se favorecer o crescimento de folhas em detrimento dos frutos.



Para se fazer a instalação destes frutos, as plantas devem ser adquiridas num viveiro que garanta a ausência de pragas e de doenças. Se esse viveiro for de um país que não pertença à União Europeia, as plantas têm de vir acompanhadas de um certificado fitossanitário para que as mesmas possam entrar no país isentas de organismos patogénicos.


Sabia que?
A propagação de plantas a partir de estacas de um vizinho, por exemplo, pode levar à dispersão de organismos nocivos, cujo combate e controlo, a maior parte das vezes, é difícil e oneroso.

Existem várias pragas e doenças que afetam os frutos silvestres, algumas são as que a seguir se indicam:
  • Afídeos (várias espécies)
  • Ácaro-dos-gomos-da-groselheira (Cecidophyopsis ribis)
  • Cecidomídeo-da-casca-da-framboeseira (Resseliella thobaldi)
  • Lygocoris pabulinus (inseto que afeta as groselhas)
  • Nematus ribessi (inseto que ataca principalmente as groselheiras-espins mas também as vermelhas e as brancas)
  • Lagarta-das-framboeseiras (Byturus tomentosus)
  • Piscos 

  • Elsinoe veneta (este fungo afeta framboeseiras e amoras-negras)
  • Leptosphaeria coniothyrium (esta doença afeta framboeseiras e amoras-silvestres)
  • Míldio (Phytophtora spp.)
  • Oídio-castanho-da-groselheira (Sphaerotheca spp.)
  • Podridão-cinzenta (Botrytis cinerea)
  • Vírus (atacam principalmente as groselheiras-negras)
Dica 2: A rega deve ser feita de modo a não atingir as folhas e os frutos, dado que podem estimular o aparecimento de doenças por fungos.

Uma poda e formação adequadas são as melhores medidas para evitar problemas fitossanitários.
Se tiver uma gaiola de frutos grande, arranje espaço para colocar plantas atrativas que estimulem o aparecimento de insetos auxiliares.

Caso seja necessário recorrer ao uso de produtos fitofarmacêuticos, lembre-se que, todos eles são mais ou menos tóxicos relativamente à fauna auxiliar (joaninhas, crisopas, sirfídeos, abelhas, …), pelo que se torna importante não só o conhecimento dos respetivos efeitos secundários, como da necessidade da sua aplicação face ao Nível Económico de Ataque (NEA) das pragas.

Se tiver dúvidas, junte-se ao fórum da aplicação para telemóveis OpenPD, que apoia a identificação de pragas e doenças das plantas.
É uma app gratuita, fácil de descarregar e que está disponível na Google Play em https://goo.gl/np3zfd ou no site: http://www.openpd.eu/pt/inicio/.


Fontes:
A Horta e o Jardim Biológicos; Pears P. e Stickland S.; Publicações EuroAgro (Fev. 2006)
https://goo.gl/1Lc71I
A romãzeira, de seu nome científico Punica Granatum (significa literalmente “maçã com sementes”), é uma espécie originária da Pérsia, mas que atualmente está adaptada a diferentes regiões, como o Mediterrâneo, a América do Sul, os Estados Unidos, ....

Desde tempos imemoriais, a romã, é considerada uma relíquia sagrada da natureza que simboliza o amor, a vida, a união, a paixão, o sagrado, o nascimento, a morte e a imortalidade, sendo referenciada em diversas culturas por estas e mais algumas razões.
  
Sabia que?
Os romanos chamavam à romã “maçã de Cartago” ou “fruto de grãos”.
Homero, no seu poema épico “Odisseia” também a descrevia…
Na Arménia, Brasil e China é símbolo de fertilidade, abundância e sorte.
No Irão, é significado de boa saúde e uma vida longa.
O nome da cidade espanhola de Granada tem origem na palavra em latim “Granatum”.
No livro do Êxodo, há relatos de romãs esculpidas no Templo de Salomão.
O profeta Maomé afirmava: “comam romãs, para se livrarem da inveja e do ódio”.
Na mesa dos católicos as romãs não podem faltar no Natal, como símbolo de retidão e honradez.

Mas para termos romãs, temos que as cultivar… Então o que saber e fazer?

Para se terem pomares de romãzeiras extreme com boa produção, é essencial conhecer a espécie e as suas necessidades em termos culturais.

Caraterísticas gerais:
A romãzeira pode ter a forma de pequena árvore ou arbusto, atingindo entre dois a cinco metros de altura, com um tronco acinzentado e ramos avermelhados quando novos.
As folhas são verdes, brilhantes e as flores são em geral vermelho-alaranjadas, podendo ser simples ou dobradas dependendo das variedades. 

A romã, “fruto” que em termos agronómicos se designa infrutescência, tem uma forma arredondada e achatada, encimada por um cálice que lembra uma coroa.  Apresenta uma casca grossa e resistente, de cor vermelho escuro a púrpura podendo também ser amarela, que serve de proteção ao interior que está preenchido por minúsculas sementes comestíveis de cor vermelho forte ou carmim, com sabor agridoce e refrescante, agrupadas dentro de compartimentos separados por membranas, de cor pálida e sabor amargo.

Apesar de encontrarmos romãs à venda durante todo o ano, a época em que as suas propriedades organoléticas estão mais apuradas situa-se entre o início de Outubro e meados de Dezembro.

Exigências edafoclimáticas:
A romãzeira não é exigente em solos, mas prefere os mais profundos do tipo aluvião.
Adapta-se bem a solos de reação alcalina e até com alguma humidade. No entanto, o solo ideal deve ter textura ligeira, ser permeável, profundo e fresco.
É tolerante à seca, à salinidade, à clorose férrica e ao calcário ativo.

Quanto ao clima, o mais adequado para o cultivo desta espécie é o subtropical, temperado quente ou até o tropical. Fora destas regiões, adapta-se bem aos climas temperados e mediterrânicos, em locais onde as temperaturas sejam elevadas na época de maturação dos frutos e não desçam abaixo dos -15ºC.
Apresenta-se sensível às geadas tardias de primavera.

Práticas culturais:
A altura mais propícia para efetuar a plantação é a época compreendida entre o início de janeiro e o começo da primavera, ou seja, na época de repouso vegetativo da planta, embora nos meses de janeiro e fevereiro, se obtenham melhores resultados.

Além da época de plantação, também devem ter-se em conta outras práticas, que contribuem para um melhor desenvolvimento do pomar de romãzeiras, como por exemplo:
  • Gradagem: deve ser feita a 20/40 cm de profundidade e com uma ripagem na linha;
  • Camalhões: devem ser feitos com nivelador de modo a evitar o problema da asfixia radicular;
  • Compassos aconselhados: 6x4m (é o que melhor garante a iluminação, permitindo a coloração dos frutos e também o manuseamento fácil dos equipamentos de cultivo), 6x3m, 5x3m, 5x2.5m.
  • Adubo: deve ser de libertação lenta;
  • Tutores e tubo de proteção: devem ser colocados em cada planta;
  • Nos primeiros dois anos não é aconselhável o uso de herbicidas residuais;
  • No segundo inverno pode ser passado um herbicida na linha.


Quanto à rega, a gota-a-gota com dois gotejadores nos primeiros anos e quatro gotejadores por árvore a partir do 5º ano de vida do pomar é a mais aconselhada, com débitos que vão dos 10 até 30 m3/dia.
A quantidade total aproximada de água por campanha prevê-se nos 4.000 m3/ha.

Relativamente à poda anual, deve realizar-se de fins de dezembro a fins de janeiro, tendo como principais objetivos:
  • provocar o arejamento e a iluminação da copa, retirando madeira velha, ramos mal inseridos ou que apresentem alguma doença ou ataque de pragas;
  • retirar os ramos ladrões, que se formam no centro da copa e junto ao tronco, de forma a não permitir a formação de um arbusto, visto que é esta a tendência natural da árvore;
  • facilitar a aplicação de tratamentos fitossanitários.

Para um melhor controlo de infestantes, aconselha-se fazer-se o enrelvamento permanente na entrelinha, com destroçamento das infestantes e a utilização de um herbicida na linha, uma ou duas vezes por ano.

Principais pragas e doenças:
As pragas mais comuns são os afídios (Aphis punicae), que aparecem normalmente em meados de Maio e a mosca do mediterrâneo (Ceratitis capitata).
As doenças que mais prejudicam a cultura são a podridão do fruto (Botrytis cinerea) e o crivado (Clasterosporium carpophilum).

Acidentes fisiológicos:
Dados estatísticos apontam quebras de produção de cerca 30 %, devido a estes acidentes.
O mais comum é o rachamento do fruto, e é provocado pelo desequilíbrio hídrico entre a fase de crescimento e de maturação do fruto.
Este acidente acentua-se em anos de seca e nas cultivares de floração tardia.
Outras situações que podem provocar o rachamento dos frutos são – a salinidade da água e a precipitação na altura da colheita. 


Outro acidente que também se costuma verificar é o escaldão, que é provocado por forte insolação, levando a queimaduras nos frutos que apresentam na casca pequenas gretas e manchas de cor castanha a negra.
Ao contrário da maioria das outras frutas, que quanto mais radiação solar recebem, maior coloração adquirem, no caso da romã, nos locais em que o sol incide com mais intensidade e durante mais tempo, os grãos no seu interior ficam mais esbranquiçados.
Após este acidente, os frutos ficam com um sabor ácido e desagradável.

Quando olhamos para as romãs, à primeira vista parecem ser praticamente iguais em termos de forma, mas a verdade é que existem muitas variedades.
As mais populares são as que constam do quadro a seguir.

Variedades
Caraterísticas
Angel Red
  • apresenta uma coloração intensa
  • as sementes são muito macias
  • tem sabor adocicado
  • tem uma quantidade de sumo superior a todas as outras

Dente de Cavalo
  • variedade italiana
  • apresenta grão grosso e fácil de sair

EMEK
  • a colheita é feita em setembro
  • apresenta sementes macias
  • sabor adocicado

Wonderful*
  • variedade americana
  • romã de colheita tardia (de outubro a novembro)
  • o fruto tem uma cor intensa
  • as sementes são grandes e semiduras
  • tem sabor ligeiramente ácido

Mollar de Elche*
  • fruto de grande dimensão
  • bagos têm uma coloração menos intensa e são pouco aderentes
  • as sementes são bastante reduzidas, logo, mais comestíveis
  • tem sabor doce

Mollar de Valencia*
  • o fruto é de grande dimensão
  • os bagos são grossos, com sementes muito reduzidas

* Estas variedades estão livres de royalties.

A nível mundial os maiores produtores são: Afeganistão, Irão, Israel, Brasil, EUA, Itália e Espanha, sendo esta o maior exportador europeu.


Comercialização:
Uma vez que ainda há poucos pomares extremes de romãzeiras em produção em Portugal, a concentração da oferta é reduzida e a qualidade dos frutos é heterogénea.
Espanha é assim, o principal fornecedor do mercado nacional, com uma quota que se estima ser de quase 100 %.

A comercialização da parca produção portuguesa é caraterizada por:
  • ser feita maioritariamente ao nível dos pequenos mercados regionais;
  • as vendas para o exterior serem praticamente nulas.

Durabilidade:
As romãs podem manter-se em boas condições durante muito tempo, se forem armazenadas a baixas temperaturas (entre 0º e 5ºC). Neste caso continuam a amadurecer, tornando-se mais sumarentas e saborosas, podendo manter-se assim durante meses. Devido à dureza da casca, possuem também uma boa resistência ao transporte.

Mas porque é a romã tão apetecível?
  • É um fruto, que se degusta ao natural, grão a grão, em saladas, como guarnição de pratos, em gelados, compotas e em bebidas ou xaropes, como o famoso Grenadine.

  • Apresenta uma incomparável suculência, devido ao seu elevado teor de água (80%).
  • Tem baixo valor calórico (100 gramas da fruta têm 62 calorias), devido ao seu menor conteúdo em hidratos de carbono e uma quantidade significativa de potássio, cálcio, fósforo e vitaminas A, B e C.
  • Tem baixo teor de açúcares (17%).
  • É um excelente depurativo, purificador do sangue e desintoxicante, fortalecendo as defesas do organismo.
  • Possui propriedades anti-inflamatórias e digestivas.
  • Ajuda a reduzir o colesterol no sangue.
  • Ajuda a prevenir doenças como a diabetes, a obesidade e hipertensão.
  • Fortalece o sistema imunitário e previne o cancro.
  • É um poderoso antioxidante por conter mais de 80 fitoquímicos (a sua capacidade é quase 3 vezes superior à do vinho tinto e chá verde).
  • Como essência floral, é usada para equilibrar os aspetos yin e yang.


Por tudo isto e muito mais que vai descobrir por si…

Dica: Para ser mais fácil abrir uma romã e as sementes saírem, deve desmanchar o fruto cortado em quartos dentro de água. A parte comestível vai ao fundo, pois é mais pesada, e a parte amarela, que não se come, flutua.

E não se esqueça…  no “Dia de Reis”, coma três bagos de romã e peça aos Reis Magos prosperidade (cujo significado é muito abrangente -  ganhar dinheiro, ter um novo emprego, empreender alguma nova atividade com sucesso, ter boas amizades, novos amores, reconciliação, sabedoria, …


Plante ou coma romãs e seja feliz em 2017!

E a app OpenPD, que pode descarregar gratuitamente aqui (https://goo.gl/HKrOQN) apoia esta causa… J



Fontes:
https://goo.gl/TeG3w5
https://goo.gl/P1PR00
https://goo.gl/SpEI1z
https://goo.gl/MrG1Is
https://goo.gl/PKVgGX
https://goo.gl/hgqnh8


Os afídeos são uma das pragas mais comuns e prolíferas das fruteiras, hortícolas, plantas ornamentais e plantas domésticas.

Sabia que…
  • na Europa existem mais de 500 espécies de afídeos, mas as que mais causam problemas na agricultura são cerca de 250?
  • são muitas vezes designados por piolhos-verdes ou piolhos-negros, embora existam numa enorme paleta de cores?
  • alguns alimentam-se indistintamente de plantas (são designados polífagos – ex: piolho-da-fava / Aphis rumicis), mas a maioria limita as suas atividades a uma só planta (são os monófagos – ex: piolho-do-morangueiro/ Aphis forbesi)?
  • há afídeos que permanecem na mesma planta durante todo o ano, enquanto outros migram para novas plantas hospedeiras em determinadas alturas do ano (cumprindo os seus ciclos de vida)?

Estas pragas, alimentam-se absorvendo a seiva das plantas (alguns afídeos também atacam as raízes) e existem por todo o mundo, embora sejam mais frequente nas regiões temperadas, onde há também maior diversidade de espécies hospedeiras.
Sabe-se que os afídeos podem:
  • migrar a grandes distâncias, principalmente por dispersão passiva (isto é, levados pelo vento) ou pelo transporte por parte de humanos, de materiais vegetais infetados;
  • multiplicar-se rapidamente enfraquecendo o desenvolvimento vegetativo das plantas, deformando as folhas e os jovens rebentos;
  • ser um dos meios mais importantes de transmissão de vírus nos jardins, nas hortas e nas estufas.

Efeitos secundários visíveis da presença dos afídeos
Problema futuro
Aparecimento de um melaço viscoso sobre os ramos e folhas
Atração de formigas
Ser local onde se vai desenvolver um fungo negro, a fumagina
Aparecimento de lesões
Podem permitir a entrada de doenças




Dicas sobre prevenção e tratamento:
  • Apoie o aparecimento de inimigos naturais dos afídeos, tais como joaninhas, sirfídeos, crisopas, aranhas, bichas-cadelas, chapins-azuis (entre outros);
  • Ofereça às plantas as melhores condições de crescimento. Plantas com problemas são sempre mais suscetíveis;
  • Não exagere nos fertilizantes azotados. O excesso de azoto, promove o aparecimento de muitos rebentos jovens que além de frágeis são muito atrativos para os afídeos;
  • Faça rotação de culturas para evitar o aparecimento de afídeos que ataquem as raízes;
  • Raspe as colónias de pulgões-lanígeros assim que os detetar e pode e queime os ramos que estiverem lesionados;
  • Interrompa o ciclo de infeção ao remover todas as plantas vulneráveis em determinada altura do ano e enterre-as numa vala;
  • Sempre que possível cultive variedades mais resistentes.

Lembre-se que, ao descobrir mais sobre os habitats de determinados afídeos – saber quando se estabelecem num sítio, se a praga se irá propagar ou não – pode ajudar o agricultor a delinear uma estratégia de luta.

Se tiver dúvidas, descarregue a aplicação para telemóveis OpenPD aqui: https://goo.gl/NSzcKt e participe no fórum de discussão. É fácil e gratuito! 


Fontes:
A Horta e o Jardim Biológicos; Pears P. e Stickland S.; Publicações EuroAgro (Fev. 2006)
https://goo.gl/Z2Zhek
O cultivo em ambiente protegido, numa estufa por exemplo, tornou possível a alteração das condições de crescimento e de reprodução das plantas, devido ao facto de se controlarem parcialmente os efeitos adversos do clima.
Nesta perspectiva, é possível haver:
  • colheitas fora de época
  • extensão do período de colheita
  • um maior crescimento das plantas
  • um aumento de produtividade
  • melhoria da qualidade de produção
  • maior rentabilidade económica
  • redução das perdas de nutrientes por lixiviação
  • maior eficiência no controle de doenças e pragas.

Porque é importante o conhecimento técnico?
Para que se otimizem estas situações, é necessário que os agricultores tenham conhecimento dos aspetos culturais e tecnológicos das culturas que exploram e do seu manuseamento em estufa.

Caso não exista este conhecimento ou não haja apoio técnico nesse sentido, a alteração dos fatores edafoclimáticos em vez de ser benéfica pode ser bastante prejudicial e os danos causados por pragas e doenças podem ser de tal maneira severos, que inviabilizem o cultivo. Mas há sempre possibilidade de se aprender mais…

Quais as condições favoráveis ao aparecimento de doenças? 
Se não houver um controle eficaz, as doenças das culturas em estufa, principalmente em agricultura convencional, tendem a tornar-se mais severas porque há condições que propiciam o seu aparecimento, como:
  • ambiente mais favorável ao crescimento vegetativo
  • melhor estado nutricional das plantas
  • melhores condições de irrigação
  • maior densidade de plantas
  • menor luminosidade
  • redução dos ventos/menor arejamento
  • monocultivo.

Assim, é importante que o agricultor tome consciência do potencial que tem ao ter uma estufa, para que possa tirar dela o melhor proveito.
Nesse sentido, deve não só procurar forma de controlar as pragas e doenças das plantas, como também atuar sobre todos os componentes da cadeia produtiva que possam interferir, desde a preparação do solo, às práticas culturais a implementar, à seleção de variedades mais adequadas, à fertirrigação, ….

Dicas para limitar os riscos de doenças na estufa:
Na compra
Inspecione bem as plantas antes de comprar. Rejeite as que estiverem fracas ou que apresentem sintomas de pragas e doenças.
No cultivo
Nunca cultive dois anos seguidos no mesmo local da estufa, plantas da mesma família, pois o risco de se desenvolverem doenças é maior.
Na rega
Regue na base da planta para evitar os salpicos, pois estes podem transmitir esporos patogénicos e contaminar as plantas sãs. Reduza as regas no tempo húmido.


Se detetar alguma praga ou doença na sua estufa, tem a app OpenPD que o apoia na sua identificação.
Descarregue de forma fácil e gratuita esta aplicação para telemóveis em https://goo.gl/L6baP6.
Saiba mais em: http://www.openpd.eu/pt/inicio/.

Fontes:
Guia Verde das Hortas e Jardins; Ed. DecoProteste (1999)