Sempre se registaram alterações climáticas ao longo
dos milhares de anos que o planeta Terra tem. O problema agora prende-se com o
facto de, no último século, o ritmo entre estas variações climáticas ter
sofrido uma forte aceleração, sendo a tendência para aumento de proporções se
não forem tomadas medidas.
A ocorrência destas mudanças de clima (com ondas de
calor, secas e eventos climáticos extremos e imprevisíveis) são cada vez
mais frequentes e uma das maiores ameaças do século XXI, que tem efeitos
transversais em diferentes sectores, que vão do ambiente, à saúde, às migrações
(humanas e de outros seres vivos), à
economia onde as consequentes perdas agrícolas (por causa por ex: da extinção das
abelhas) representam um dano real para as economias mundiais.
No
centro destas alterações estão os chamados gases de efeito estufa (GEE), cujas
emissões têm sofrido um aumento acentuado. De todos os GEE, onde se inclui o
vapor de água (que é o gás natural mais importantes), o CO2 (dióxido de carbono) e o CH4 (metano) são os gases com mais efeitos
negativos.
As principais fontes de GEE de origem humana são:
§ a queima de
combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás) na produção de eletricidade, nos
transportes, na indústria e em utilizações domésticas (CO2);
§ a
agricultura (CH4) e as alterações da utilização dos solos, tal como a
desflorestação (CO2);
§ os aterros
sanitários (CH4);
§ a utilização
de gases industriais fluorados.
Um dos princípios pelos quais se rege a
agricultura biológica, é o Princípio da
Precaução, que nos indica que este tipo de agricultura, deve ser gerida de
uma forma cautelosa e responsável de modo a proteger o ambiente, a saúde e o
bem-estar das gerações actuais e futuras.
O efeito da Agricultura Biológica nas
alterações climáticas tem sido estudado em comparação com a agricultura
convencional, estimando-se que o seu contributo minimize estas alterações:
· A retenção de CO2 no solo foi avaliada em mais 12% a 15% no Modo de Produção Biológico (MPB), comparativamente com a agricultura convencional, o que representa um retorno de mais 575 kg a 700 kg de CO2 por ha e por ano (Fliessbach, 2007). No MPB oaumento e a manutenção da matéria orgânica do solo (i) contribuem para o sequestro de carbono, diminuindo a sua libertação para a atmosfera. Este processo é mais evidente nos sistemas mistos com produção pecuária e utilização de pastagens (ii) e ainda, através da adubação verde (iii), que assumem um papel importante na gestão da fertilização das culturas. Por outro lado, uma rotação plurianual de culturas diversificadas, com uma correcta ocupação do solo (iv), permite aumentar o fluxo de carbono da atmosfera para o solo, através de uma maior quantidade de CO2 absorvido pela fotossíntese. No entanto, esta retenção de carbono é melhor alcançada pelas plantas perenes, relativamente às plantas herbáceas, e também pela agricultura convencional em comparação com a agricultura biológica, devido às maiores produtividades alcançadas.
· Em relação à emissão de gases de efeito de estufa, estima-se que o MPB diminua a emissão de CO2 de 48% a 60% (FAO, 2007), principalmente devido à não utilização de fertilizantes químicos de síntese (v).
· As perdas de azoto para a atmosfera são também menores, devido à menor aplicação de azoto no MPB (vi). Considerando que as emissões de N2O (e de NH3) aumentam acentuadamente quando a fertilização azotada excede as necessidades das culturas, a probabilidade desta ocorrência é menor no MPB (Aubert, 2007).
· A retenção de CO2 no solo foi avaliada em mais 12% a 15% no Modo de Produção Biológico (MPB), comparativamente com a agricultura convencional, o que representa um retorno de mais 575 kg a 700 kg de CO2 por ha e por ano (Fliessbach, 2007). No MPB oaumento e a manutenção da matéria orgânica do solo (i) contribuem para o sequestro de carbono, diminuindo a sua libertação para a atmosfera. Este processo é mais evidente nos sistemas mistos com produção pecuária e utilização de pastagens (ii) e ainda, através da adubação verde (iii), que assumem um papel importante na gestão da fertilização das culturas. Por outro lado, uma rotação plurianual de culturas diversificadas, com uma correcta ocupação do solo (iv), permite aumentar o fluxo de carbono da atmosfera para o solo, através de uma maior quantidade de CO2 absorvido pela fotossíntese. No entanto, esta retenção de carbono é melhor alcançada pelas plantas perenes, relativamente às plantas herbáceas, e também pela agricultura convencional em comparação com a agricultura biológica, devido às maiores produtividades alcançadas.
· Em relação à emissão de gases de efeito de estufa, estima-se que o MPB diminua a emissão de CO2 de 48% a 60% (FAO, 2007), principalmente devido à não utilização de fertilizantes químicos de síntese (v).
· As perdas de azoto para a atmosfera são também menores, devido à menor aplicação de azoto no MPB (vi). Considerando que as emissões de N2O (e de NH3) aumentam acentuadamente quando a fertilização azotada excede as necessidades das culturas, a probabilidade desta ocorrência é menor no MPB (Aubert, 2007).
· Pelo
facto de também não ser permitida a utilização de pesticidas de síntese
química, a luta contra pragas e doenças passa muito pela utilização de produtos
consentidos em MPB (como a calda bordalesa) ou os chamados preparados
fitossanitários vulgarmente designados “biopesticidas” (preparações à base de plantas com capacidades insecticidas e/ou
repelentes de pragas e doenças).
Neste último ponto,
pode agora considerar-se também como uma ferramenta útil que está à disposição
de todos, a aplicação móvel OpenPD. Com esta app, coloca o seu problema
à consideração de um fórum, cujo conhecimento o apoiará de forma rápida e
simples na identificação da praga ou doença detectada.
E qual é a sua opinião acerca destes temas:
- Acha que a Agricultura Biológica através das práticas indicadas, pode
ser o caminho mais viável?
- Garantirá
este tipo de agricultura uma produção de alimentos suficiente, para alimentar a
população mundial?
- Serão as tecnologias móveis compatíveis com
a agricultura, independentemente do modo de produção?
Deixe-nos o seu comentário
no blog OpenPD (http://blog.openpd.eu/) ou
no FB (https://goo.gl/nJXDyc).
Fontes:
http://www.ci.esapl.pt/off/maiores23anos-2012/agricultura-biologica.pdf
http://www.wwf.pt/o_nosso_planeta/alteracoes_climaticas/
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