O conceito de praga
estabelecido pela FAO refere que: "é qualquer espécie,
raça ou biótipo de vegetais, animais ou agentes
patogénicos, nocivos aos vegetais ou produtos vegetais". Portanto, o termo
praga compreende animais (insetos, ácaros e nematóides)
e doenças (causadas por fungos, bactérias, vírus e viróides).
No entanto, em termos
práticos “praga” está mais associada a organismos animais (por vezes também a
infestantes) quando competem com o Homem por recursos comuns ou quando as suas
actividades interferem com os interesses humanos.
No primeiro
caso, temos por exemplo, os gafanhotos que nas suas migrações podem devastar campos; no segundo, o caso
das acácias que se propagam
facilmente, não facilitando a existência de outras espécies vegetais.
O “estatuto de praga”, é
definido de acordo com o conceito proposto por Stern et al. (1959) para classificar o potencial impacte económico de uma
espécie, tendo como critério a relação entre a posição de equilíbrio da
população (PE) e o nível prejudicial de ataque (NPA).
E existem alguns
factores que determinam este estatuto, como por exemplo: o valor comercial da
cultura, a susceptibilidade da cultura aos estragos, os custos de protecção da
cultura, o tipo de estragos, a densidade populacional da praga, as condições
ambientais, …
Assim, as pragas podem
ser:
potenciais - ou sem importância económica, dado que o PE
está muito abaixo do NPA e mesmo as flutuações populacionais mais intensas, não
atingem o NPA. Se, por alguma circunstância, desaparecessem os factores de controlo
natural, estas pragas potenciais poderiam passar às outras categorias.
ocasionais - é uma situação muito comum; o PE está substancialmente
abaixo do NPA, mas as flutuações populacionais ultrapassam ocasionalmente este
nível. Neste caso, as populações só se apresentam em quantidades prejudiciais em
certas épocas, enquanto que em outros períodos perdem importância económica.
chave - neste caso, podem
ser perenes, se PE mais próximo do
NPA, com flutuações populacionais que ultrapassam algumas vezes este nível, ou severas, se PE acima do NPA. Considera-se que as pragas-chave, aparecem de
forma permanente, são persistentes e muitas vezes só podem ser dominadas quando
aplicadas medidas de controlo mais severas, de modo a não causarem graves
prejuízos económicos.
Os problemas relacionados com as
pragas, têm-se
tornado mais complicados e difíceis de resolver devido principalmente a:
espécies imigrantes; resistência aos pesticidas; factores económicos e
degradação ambiental. E poderão agravar-se em resultado das alterações do clima
a nível global.
Neste contexto, uma ferramenta tecnológica como
a aplicação OpenPD (www.openpd.eu/), em que pode de forma simples publicar
uma foto da praga ou doença que detectou e através do “fórum” receber
informação sobre a mesma, ou até, solicitar alertas de epidemias potenciais, é
uma mais-valia para o controle de pragas e doenças, evitando assim que se possam
causar danos graves quer às culturas quer à economia.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Praga_(organismo)
file:///C:/Documents%20and%20Settings/Downloads/UD3_teorica_JCFranco.pdf
http://www.rap-al.org/articulos_files/O_Manejo_Ecologico_de_Pragas_e_Doencas.pdf
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