As pragas e doenças que causam mais preocupação aos agricultores, aos técnicos dos organismos oficiais encarregados de as monitorizar e até à população são (não necessariamente pela sua ordem de importância): nemátodo-da-madeira-do-pinheiro, escaravelho-das-palmeiras, gorgulho-do-eucalipto, lagarta-do-pinheiro, Xylella fastidiosa, vespa asiática e vespa-das-galhas-do-castanheiro.
Sobre a Xylella
fastidiosa já fizemos uma publicação que pode rever em: http://blog.openpd.eu/2015/12/xylella-fastidiosa-uma-ameaca-para.html.
Neste artigo, vamos abordar a questão da Thaumetopoea pityocampa Schiff., vulgarmente conhecida por lagarta-do-pinheiro ou processionária, um insecto desfolhador
que ataca principalmente espécies do género Pinus
e Cedrus, provocando um
enfraquecimento da árvore que pode levar ao seu abate, consoante o grau de
ataque – que depende do
nível populacional, o qual por sua vez é bastante influenciado pelas condições
meteorológicas (temperatura e insolação), pelo conjunto de inimigos naturais
activos em cada estádio de desenvolvimento da praga (aéreo ou subterrâneo) e
pela qualidade e quantidade de alimento, dos quais depende a fecundidade das
fêmeas.
Este insecto apresenta um ciclo biológico que se divide em duas fases:
- a fase adulta (ovos e lagartas) que é aérea e a mais visível da praga,
pois os “ninhos” esbranquiçados e grandes que parecem novelos de seda
construídos nas pontas dos ramos, são facilmente identificáveis;
- fase de pupa, que é subterrânea.
Curiosidade: o nome vulgar processionária, deriva do
facto de as lagartas formarem longas filas que sugerem procissões, quando
abandonam a parte área da árvore para se irem instalarem no solo, onde
se enterram para dar início à fase de pupa que pode durar de 1 a 3 anos.
Quando as lagartas, num estádio de desenvolvimento mais
avançado desenvolvem os pêlos urticantes, podem provocar alergias na pele,
olhos e prejudicar o sistema respiratório quer dos seres humanos quer de outros
animais e por este motivo, constituem uma preocupação em termos de saúde
pública.
Se a
praga já está instalada, existem diversas medidas de combate que se têm
mostrado eficazes, entre elas:
·
destruição mecânica dos ninhos – que implica
corte e queima do ramo afectado (que pode ser aliada à destruição química com injecção de um insecticida);
·
destruição mecânica das lagartas – que implica
uso de cintas à volta da árvore com substância
colante, na fase em que as lagartas descem para o solo em procissão e
posterior queima;
·
destruição mecânica das pupas – através da
mobilização do solo onde se suspeite estarem enterradas;
·
em alternativa
aos insecticidas, pode utilizar-se um método biológico, recorrendo ao Bacillus thuringiensis, que é uma
bactéria patogénica para vários lepidópteros, aplicada em pulverização, mas que
só produz efeito no estado de ovo ou nos primeiros instares de desenvolvimento
larvar, em que a “lagarta” tem 8-10 mm de comprimento),
e se detectar algum caso afaste-se e contacte
a Protecção Civil, a Câmara Municipal da sua área de residência ou os serviços
regionais do ICNF.
Sabia que, com a aplicação OpenPD tem a possibilidade de solicitar alertas sobre “epidemias
potenciais”? Pode descarregar a app e ver mais em http://www.openpd.eu/.
Fontes:
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