De acordo com o Prof. Franco,
do Instituto Superior de Agronomia, existem alguns grupos de organismos (nos
quais se incluem os insectos) que podem assumir o estatuto de praga, por
competirem com o homem por recursos comuns ou porque as suas actividades
interferem com os interesses humanos.
Neste enquadramento, encontra-se o gorgulho-do-eucalipto
(Gonipterus platensis)
uma das pragas mais activas no nosso país.
Quem é e que sintomas causa?
Este insecto desfolhador originário da Austrália, alimenta-se de folhas
recém-formadas, tendo preferência por árvores entre os 2-4 anos de idade e
adultas, da espécie Eucalyptus
globulus (eucalipto vulgar). Da sua acção podem resultar grandes
perdas de produtividade, levando em casos mais graves a uma destruição total do
povoamento.
Este insecto, foi detectado pela primeira vez
em Portugal em 1995 nas zonas de montanha (acima dos 400-500m de altitude) e
desde essa data, é considerado uma praga com
importantes impactos económicos nas regiões Norte e Centro.
Ciclo de vida e
disseminação
No nosso país, o
gorgulho-do-eucalipto apresenta duas gerações por ano (Primavera e Outono),
sendo estas as épocas em que se registam maiores quantidades de posturas (ovos)
e de larvas.
A dispersão natural ocorre principalmente através do
voo dos insectos adultos.
Se for a grandes distâncias, esta dispersão acontece
essencialmente pelo transporte:
- de plantas que contenham ovos, larvas ou insectos
adultos;
- de terra em que estejam presentes larvas e pupas.
Medidas preventivas e
controlo
Para se evitar a proliferação da praga e como
medidas preventivas deve-se:
- recorrer à utilização de
espécies de eucalipto mais resistentes ao ataque do insecto;
- evitar fazer
plantações em locais com altitude superior a 400-500m.
Para controlo das
populações da praga, pode recorrer-se principalmente a:
- luta química, em
tratamentos de Primavera com utilização de insecticidas que actuam por contacto
e ingestão (apesar de serem químicos de síntese, já apresentam menores riscos
para o meio ambiente e não são nocivos para as abelhas nem afectam a qualidade
do mel);
- luta biológica,
através da largada de insectos parasitóides (como por exemplo Anaphes nitens) durante as fases da
postura da praga, mas a altitudes inferiores a 600m, onde se mostra mais
eficaz.
Pode
obter mais informações sobre esta praga, junto das Associações Florestais da
sua zona.
Sabia
que, com a aplicação OpenPD tem a
possibilidade de solicitar alertas sobre “epidemias potenciais”?
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