Tal como o coelho do livro “Alice no País da Maravilhas”, hoje em dia andamos sempre a correr, apressados entre compromissos e sem tempo para conversas, para parar e pensar no que realmente queremos, no que comemos, …

Nesta altura devem estar a interrogar-se sobre o que é que isto tem a ver com agricultura e fruta da época…mas já lá vamos. Tudo a seu tempo!

Sempre ouvimos dizer que os morangos se comem na Primavera e no Verão, assim como as cerejas, e que as laranjas são melhores no Inverno por causa da vitamina C que contêm e que ajuda no combate às gripes e constipações, que o melão e a melancia são por excelência as frutas mais refrescantes para os dias quentes… e poderíamos continuar a enumerar muitas outras.

Mas hoje em dia, devido a diferentes factores – facilidade de transportes à volta do mundo, variedades que permitem produções escalonadas, armazenamento frigorífico disponível e de boa qualidade – temos praticamente todo o tipo de fruta ao longo do ano. 

Sabendo que a fruta é um dos pilares básicos para uma alimentação saudável e equilibrada e que além de nos saciar o apetite é também uma fonte de vitaminas e minerais com propriedades benéficas para o organismo, concentradas(os) em poucas calorias, devemos dar-lhe mais atenção quando a adquirimos.


Assim, ter presente o calendário da época da fruta em Portugal é importante não só para podermos saber quando está “no ponto” e usufruirmos ao máximo do seu delicioso sabor como também, porque a sua compra acaba por sair mais em conta.

Veja alguns exemplos na tabela a seguir:
Pronto para ganhar tempo ao tempo?
Coma 5 peças de fruta por dia como aconselham os especialistas.


Fontes:


No passado 22 de Abril celebrou-se o Dia Mundial da Terra, uma data instituída pelo senador norte-americano Gaylord Nelson, em 1970, como protesto contra a poluição do planeta.
Mas este não terá que ser um compromisso nosso, todos os dias?
É que planeta terra só temos um e mesmo que se descubram outros… estão a muitos anos luz! 
Nesse sentido deixamos aqui algumas dicas baseadas na política dos 4 R´s (Reduzir, Reutilizar, Reciclar e Repensar ou Recuperar ou Reeducar):

Reduzir – significa que devemos produzir menos quantidade de resíduos no nosso dia-a-dia e isso implica também, evitarmos consumos supérfluos.
Dica: se vai ao supermercado opte por escolher legumes e fruta a granel, em vez de embalados; diga não a propaganda inútil na sua caixa de correio; …

Reutilizar – significa aumentar a vida útil de um objecto, utilizando-o várias vezes e até numa nova função, mas sem passar por um processo de alteração.
Dica: A caixa do gelado pode ser reutilizada como caixa para guardar alimentos; uma roupa velha pode ser usada como pano de chão; …

Reciclar – Este processo apesar de estar cada vez mais ao alcance de todos, dado o esforço que os municípios têm feito para disponibilizar ilhas de recolha de diferenciados (ecopontos), também é um processo dispendioso, embora na maioria das vezes mais barato do que a produção de um material a partir da matéria-prima bruta.
A reciclagem implica a transformação de um determinado produto num outro e do “velho se faz novo”, como por exemplo: transformar papel usado em pasta de papel para depois fazer papel novo; esmagar garrafas de vidro usadas, derreter os cacos e fazer novos produtos em vidro; derreter latas de alumínio usadas, prensar o material derretido em folhas e moldar estas folhas em novas latas ou outros produtos de alumínio; …
O quarto R é o mais “livre”, pois pode ter vários significados – Repensar ou Reeducar, no sentido de tomarmos mais consciência dos nossos actos e estarmos abertos à mudança.
Mas pode ser também sinónimo de Recuperar, isto é, usar objectos que ainda estejam em condições e dar-lhes uma nova imagem, como por exemplo fazemos ao recuperar móveis antigos.

Nós, com a aplicação OpenPD já assumimos este compromisso ao promovermos um apoio à identificação de pragas e doenças das plantas, de forma simples e rápida, em partilha de conhecimentos.

E agora o que vai fazer?
Pela sua saúde e do planeta, descarregue a nossa app gratuita (http://openpd.eu/) e arrisque nos R´s…

Fontes:



A maioria dos pomares está sujeita ao aparecimento de pragas indesejáveis que podem colocar em perigo quer a árvore de fruto quer a sua produtividade, dependendo do ataque em causa.
Na sequência do post anterior do blog OpenPD, sugerimos agora algumas medidas de combate que passam por meios de luta físicos, biotécnicos e biológicos, dado que “diversas pragas são limitadas pela presença de organismos auxiliares presentes num agro-ecossistema equilibrado: insectos, ácaros, fungos, bactérias, protistas, vírus, nematodes, aves, mamíferos, répteis e anfíbios.” (in “As Bases da Agricultura Biológica, Tomo I – Produção Vegetal, Ed. Edibio, 2009).



Fontes:
Uma Horta Biológica na Escola - Manual Prático para Professores, Ed. Agrobio, 1998



As árvores cujos frutos são dos mais apreciados, como macieiras, pereiras, cerejeiras, ameixoeiras, damasqueiros, nectarinas, pessegueiros, marmeleiros e amendoeiras, estão sujeitas a algumas pragas e doenças comuns nas pomóideas e prunóideas:


Afídeos (de várias espécies) – as folhas e rebentos jovens ao serem infestadas(os) por afídeos cor-de-rosa, verdes, pretos ou castanhos, apresentam um encarquilhamento ou pequenas deformações e o seu desenvolvimento pode ficar reduzido ou até atrofiado;

Aranhiço-vermelho (Panonychus ulmi) – as árvores mais sujeitas a esta praga são as macieiras, pereiras, ameixoeiras e damasqueiros. O sintoma mais típico aparece nas folhas que ficam manchadas, bronzeadas e secas, caindo antes do tempo. Com a ajuda de uma lupa, podem ver-se os ácaros minúsculos sob as folhas;

Bichado-da-fruta (Cydia pomonella) – as lagartas do bichado, afectam principalmente macieiras e pereiras, onde escavam túneis até ao centro do fruto que pode tornar-se não comestível. É quase impossível apercebermo-nos dos estragos, uma vez que a lagarta ao abandonar o fruto não deixa sinais exteriores da sua presença.

Cancro (Nectria galligena) – esta doença afecta essencialmente macieiras e pereiras que atacadas apresentam gretas à volta da base e manchas encrespadas, fundas e descoloridas;

Cancro (Pseudomonas morsprunorum) – este cancro afecta essencialmente ameixoeiras, cerejeiras e pessegueiros onde aparecem pequenas cavidades pouco profundas nos ramos (muitas vezes num só dos lados do ramo). As folhas apresentam pequenos buracos redondos;

Lepra-do-pessegueiro (Taphrina deformans) – é uma doença que afecta pessegueiros, amendoeiras e nectarinas. Um dos sintomas típicos são as pústulas vermelhas nas folhas, no início do Verão. As folhas infectadas ficam castanhas e caem antes do tempo. Os ataques regulares de lepra vão reduzindo o vigor da árvore;

Oídio da macieira (Podosphaera leucotricha) – Esta doença afecta também as pereiras. Ambas as espécies apresentam um pó branco pulverulento nas folhas, flores e ramos;

Podridão-das-raízes (Armillaria mellea) – afecta praticamente todas as árvores de fruto e o sintoma típico é a morte súbita do exemplar. Ao observar-se a casca na base do tronco verifica-se que esta sai facilmente, revelando uma camada branca de fungos.

Se conseguiu identificar estes sintomas e não sabe como tratar a causa, pode usar a aplicação OpenPD, fazer uma publicação e no Fórum haverá sempre alguém disposto a partilhar conhecimento.
Só tem que descarregar a app gratuita em  http://openpd.eu/.

Fontes:
A Horta e o Jardim Biológicos, Pauline Pears e Sue Stickland, Publicações Europa-América, Fevereiro 2006
Pois é verdade, o seu autor o Engº Ramiro Samouco, compilou quase 8 mil significados desde termos técnicos, nomes científicos, designações populares e regionais, que são importantes e relacionados(as) com a agricultura.
Ora veja alguns dos termos mais engraçados ou estranhos que encontramos e que nos remetem para pragas e doenças das plantas:
acama louca – doença dos cereais provocada por um fungo que ataca o colmo entre o 1º e o 2º nó;
aguado-dos-citrinos – o mesmo que míldio dos citrinos;
balanino (Balaninus elephas) – insecto que deposita os ovos no fruto da aveleira e castanheiro
carocho – nome vulgar de vários insectos coleópteros;
daco – designação vulgar dada à mosca-da-azeitona;
eiva – pequena mancha num fruto no início da podridão;
focinho-de-rato – percevejo que ataca o grão e a espiga do trigo;
gorda (Coelliodes ruber) – insecto coleóptero que ataca a azinheira e o sobreiro;
hilésina (Myelophilus piniperda) – insecto coleóptero que escava galerias nos pinheiros;
icéria (Icerya purchasi) – cochonilha que ataca sobretudo os citrinos;
lupinose (Phomopsis leptostromiformis) – doença provocada por um fungo que se desenvolve no feno de tremoceiros;
mal azul – doença do tomateiro provocada por um microrganismo micoplasma;
pé-negro – doença que se manifesta pelo escurecimento e apodrecimento das raízes e colo das plantas atacadas por fungos do solo;
quermes – praga que ataca a parte inferior e basal das agulhas dos pinheiros, larices e outras plantas;
rincosporíose – doença dos cereais provocada por um fungo e mais frequente na cevada e centeio;
tentredo – himenóptero cuja larva rói as folhas de algumas plantas como ameixeira e roseira.

Com a app OpenPD pode efectuar pesquisas usando quer a caixa de texto quer as combo boxes e as check boxes…
Sabe do que falamos?

Se descarregar a aplicação http://openpd.eu/ pode explorar todo este potencial. 


Na primeira fase do projecto OpenPD, para percepcionarmos o interesse e facilidade de uso da aplicação realizamos testes com os diversos utilizadores tipo – agricultores, técnicos e académicos quer em Portugal quer na Holanda e implementamos melhorias na mesma, graças às sugestões dadas.

Agora, numa segunda fase, não só retomamos os “Testes de Usabilidade” com os anteriores entrevistados para verificarmos se as alterações feitas corresponderam às expectativas como também, estamos a validar o “Modelo de Negócio”.
Nesse sentido, solicitamos a sua colaboração para responder a este questionário (seguir link https://docs.google.com/forms/d/1iDssZc9QTPuP3sQLjD98PK6penaTMkaBZzcWN34RVSs/viewform), cujo tempo médio de preenchimento não ultrapassa os 5 minutos, sendo cada resposta muito importante para a conclusão do nosso trabalho.
O questionário é anónimo e desde já agradecemos a disponibilidade!
Uma horta é um terreno de pequena a média dimensão, onde se cultivam legumes e frutos.

Hoje em dia, estas pequenas hortas começam a suscitar de novo o interesse para quem vive na cidade ou periferia, pois além de serem um excelente complemento da economia doméstica, são também um hobby recomendado para combater o stress do dia-a-dia. E há cada vez mais projectos municipais ou particulares que as fomentam.

Face à crescente procura de informação, deixamos aqui dicas para terem uma horta saudável:

- planificação da horta, tendo em conta a sua localização preferencial (evitando zonas sombrias, áreas muito húmidas, planos inclinados, …) e a proximidade de um ponto de água;

- preparação do terreno, que envolve a retirada de pedras, ramos, plásticos e/ou outros corpos estranhos, a mobilização mais ou menos profunda e a abertura de zonas para caminho;

- escolha das espécies a plantar/semear de acordo com o tipo de terreno que se tem disponível e com o objectivo da horta, isto é, se é apenas para uso pessoal ou para criação de um pequeno negócio, pois há sementes para amadores e para profissionais;

- compostagem caseira é importante neste tipo de horta e quer se faça numa pilha ou num compostor trás vários benefícios, pois não só se reduz a quantidade de lixo que se coloca nos contentores como também permite obter um adubo orgânico de óptima qualidade no final do processo;

- prevenção do aparecimento de pragas e doenças nas plantas, pode ser feita através da rotação de culturas, do reconhecimento de que há plantas antagónicas e plantas companheiras, do fomento da presença de auxiliares (como joaninhas, crisopas, ouriços, aves insectívoras, …), da promoção da biodiversidade, de outras práticas culturais (como uso do espaçamento adequado na linha x entre-linha, evitar regas excessivas, …).

Mas qualquer agricultor, seja qual for a dimensão da sua exploração, precisa de uma base de conhecimento científico e/ou apoio técnico que nem sempre está ao alcance de todos.

Na app OpenPD, encontra um suporte para identificação das pragas e doenças, que pode ser descarregado de forma gratuita em http://openpd.eu/
Deixamos-lhe aqui bons exemplos de como se pode apoiar o próximo através de iniciativas que são de louvar, na área a que estamos ligados, a agricultura (OpenPD -  http://openpd.eu/).

E há sempre lugar para novas ideias e parcerias… pois o importante é, não só lutar contra o desperdício das produções agrícolas como facilitar a doação a quem precisa de ajuda para se alimentar, como também, promover a inclusão social de todos os que têm menos oportunidades.
E com as novas tecnologias de comunicação, a informação chega mais depressa a todos os que de alguma forma podem apoiar estes projectos, incentivando a partilha.

É um projecto de solidariedade social, criado por alunos do ISA, que tem como objectivo doar alimentos ou dinheiro resultantes de actividades agrícolas para o Banco Alimentar Contra a Fome.
Esta iniciativa tem o apoio do Instituto Superior de Agronomia (através dos seus alunos, professores, funcionários e núcleos de estudantes do ISA), de uma instituição bancária e de diversas empresas em contacto com a Associação dos Estudantes do ISA (AEISA), a International Association of Agricultural Students(IAAS), o FrutISA e o NAgroISA.

Tem por base uma plataforma informática que permite juntar quem precisa de receber e quem tem para oferecer, através de um registo na mesma.

“SEMEAR - terra de oportunidades” (http://www.semear.pt/)
É um programa integrado de formação e capacitação sócio-profissional de jovens adultos com necessidades especiais, no sector agrícola e actividades relacionadas.

“Cerplant” (https://goo.gl/L2Esru)
É uma empresa de inserção social da área da jardinagem, pertencente à CERCICA, (Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Cascais). Em conjunto com o Centro de Actividades Ocupacionais, a Cerplant é responsável pela gestão, planeamento e comercialização de plantas ornamentais, aromáticas e medicinais biológicas, produzidas pelos nossos jovens.
O espaço de venda directa ao público situa-se nas instalações da CERCICA e tem a designação de “Cergarden”.

Fontes: