Os caracóis e lesmas são pragas comuns que podem surgir
na sua horta ou jardim e destruir as culturas pois atacam flores, frutos, folhas,
caules, rebentos, bolbos, tubérculos, …
Quer se trate de cultivo de plantas hortícolas ou
ornamentais, se o ataque for severo, podem provocar danos que levam à perda das
culturas uma vez que o produto final deixa ter valor comercial.
O que deve
fazer?
1º
Identificar a praga
Tanto as lesmas como os caracóis são moluscos gastrópodes
hermafroditas e ambos deixam um rasto de muco ao deslocarem-se, que é
facilmente identificável.
Os caracóis têm formas e tamanhos diferentes, no
entanto, apresentam sempre uma concha calcária espiralada de cor castanha lisa
ou com estrias e a maioria tem 5 cm de comprimento.
A espécie mais comum é: Helix aspersa.
As lesmas variam de cor (desde castanho-rosado a
preto) e tamanho (as mais comuns têm entre 3-4,5 cm), existindo vários tipos.
As espécies mais comuns são: Arion spp., Milax spp., Deroceras reticulatum.
2º Limpar a
horta ou jardim
Faça uma limpeza destes espaços e mantenha-os livres
de detritos como tijolos, telhas, tábuas ou madeiras velhas, restos de podas ou
colheitas, pois são abrigos perfeitos para as lesmas e caracóis.
Roce as infestantes ou faça uma monda térmica para
diminuir a sua presença, uma vez que as ervas são excelentes esconderijos para estes
moluscos.
3º Implementar
algumas práticas culturais
Incentive a presença dos inimigos naturais destas
pragas como rãs, sapos, pássaros, escaravelhos, cobras, salamandras,
centopeias, …
Não semeie nem plante em solos frios; regue as plantas
de manhã, para que à noite (altura de maior actividade destas pragas) não
exista qualquer película de água no solo ou nas folhas.
Utilize variedades de plantas mais resistentes aos
ataques das lesmas e caracóis (situação comum no caso da batateira).
Se pretender fazer uma pilha de composto, localize-a
afastada das áreas de cultivo, pois as lesmas e caracóis alimentam-se neste
local.
4º Aplicar
alguns métodos de luta
Se o espaço de cultivo for uma pequena horta ou jardim
e se a presença da praga ainda não for muito extensa, devem adoptar-se métodos
caseiros no seu controlo, como por exemplo:
Armadilhas atractivas – podem colocar-se enterrados junto
às culturas afectadas, alguns recipientes contendo cerveja ou leite, para
atraírem estas pragas. No entanto este método, não sendo selectivo, atrai também
alguns auxiliares ou outros animais que fazem falta ao ecossistema.
Outro método consiste na colocação de jornais,
papelões ou plásticos com restos da cozinha (talos, folhas, cascas de laranja, …)
para atrair as lesmas e os caracóis.
Também se podem fazer pilhas com pedras, telhas, madeiras
velhas e folhas de consolda num local mais afastado da zona de cultivo, para
serem zonas de esconderijo dos moluscos e assim ser mais fácil capturá-los.
Podem usar-se ainda plantas atractivas, como o caso
dos Tagets (cravos túnicos).
Barreiras à sua passagem – pode-se espalhar junto das culturas, cal (com
cuidado para não queimar as plantas nem se alterar o pH do solo), cinza,
serradura, areia, borras de café ou cascas de ovo trituradas de modo a não só se
dificultar a passagem destas pragas como em alguns casos, provocar a sua
desidratação. No entanto, estas medidas são pouco eficazes caso ocorra chuva.
Outra
barreira que se pode utilizar é uma banda adesiva em cobre (seca ou húmida),
que funciona como um obstáculo devido ao sulfato de cobre.
Utilização de plantas repelentes – esta prática é fácil de implementar, bastando para
isso colocar à volta da zona de cultivo e/ou entre linhas algumas das seguintes
plantas: sálvia, menta, alfazema, equinácea, calêndula, alho, chicória.
Caso o
ataque destas pragas seja extenso ou o espaço de cultivo seja uma área grande,
em que alguns dos métodos anteriores não se adequam, pode optar pela luta
biológica aplicando biopesticidas. Assim, podem usar-se produtos atractivos de lesmas e caracóis à base de fosfato de ferro
(FePO4) como ingrediente activo. Por terem baixa toxicidade,
estes produtos não causam efeitos indesejáveis aos mamíferos e são amigos do
ambiente.
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Fontes:
http://goo.gl/iTn9AQ
http://goo.gl/XgKdWV
https://goo.gl/WxWCbj
http://goo.gl/3NYCgu
http://goo.gl/j24jHd
“A Horta e o Jardim Biológicos” – Pears P., Stickland
S., Colecção EUROAGRO, Publicações Europa-América (2006)
“Guia Verde das Hortas e Jardins” – Guias Práticos
Deco Proteste
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