E se em vez de uma app tiver duas no seu telemóvel, que o ajudem a cuidar da sua horta?
Passará a ser um agricultor tecnológico e informado…


Uma, dá-lhe dicas sobre como plantar/semear, o quê, onde, quando e em que condições: é a aplicação Plantit que pode descarregar em https://goo.gl/BJsV0d.


A outra, dá-lhe apoio na identificação de pragas e doenças das plantas: chama-se OpenPD e pode obtê-la de forma gratuita em https://goo.gl/iMTIVE.


Atreva-se a ser moderno, as suas plantas agradecem!  :) 
“Num mundo ideal, os alimentos que consumimos seriam de cultivo biológico num solo não contaminado por metais pesados ou chuva ácida, os legumes seriam apanhados frescos dos nossos próprios quintais, a água que bebemos seria pura e o ar que respiramos seria fresco como o da montanha.” (1)
Mas o mundo é real e a realidade é bem diferente…
No entanto, ainda é possível, encontrarmos bons alimentos, cultivados de forma o mais natural possível, isentos de químicos de síntese, que não sejam geneticamente modificados, que respeitam as leis da natureza e têm em conta o bem-estar animal – são os produtos obtidos em Modo de Produção Biológico.

O seu modo de cultivo é apenas um contributo para a sua qualidade, pois os super alimentos, são-no pelas suas características intrínsecas.

De entre eles destacamos alguns:
Maçã – contém pectina e vitamina C e é um bónus para o coração, pois ajuda a manter os níveis de colesterol estáveis. É um fruto outonal, rico em fibras, que ajuda à desintoxicação alimentar, tem propriedades calmantes e anti-sépticas, entre outras. “Se pudesse plantar uma só árvore no seu jardim, deveria ser uma macieira”, afirmava o famoso ervanário francês Maurice Messegue;


·    Uva – é um dos alimentos mais nutritivos, que ajuda no alívio dos sintomas de anemia, artrite, gota ou reumatismo. Este fruto deve ser ingerido isoladamente e não durante a refeição uma vez que fermenta muito rapidamente no estômago. Mahatma Ghandi, bebia apenas sumo de uvas durante os seus prolongados jejuns;

·       Romã – é um dos mais poderosos frutos antioxidantes naturais. A concentração em bioflavonoides na romã é superior à que se encontra nas uvas ou no chá verde e por isso, o seu efeito protector é elevado no que toca a doenças do coração, de problemas circulatórios e mesmo de alguns tipos de cancro;
·      
Abóbora – a sua cor laranja, indica-nos que é rica em betacaroteno, um percursor da vitamina A, que nos ajuda a proteger do cancro, de problemas cardíacos e de doenças respiratórias;

Batata-doce – é uma excelente fonte de energia, pois fornece proteínas, vitamina C e E e também uma grande quantidade de betacaroteno. Torna-se um tubérculo muito versátil na alimentação, tanto de adultos como de crianças;

Espinafres – são ricos em clorofila e por isso recomendados na dieta de pessoas com anemia, fadiga ou esgotamento mental, e com potencial para vir a sofrer de cancro.  Devem ser consumidos de preferência crus ou em saladas;

Gengibre – é um dos melhores anti-sépticos naturais, que ajuda ainda a digestão e é útil contra as náuseas. Um chá de limão, com mel e gengibre ralado é uma excelente bebida para travar uma gripe ou constipação;

Pastinaga (também conhecida como pastinaca ou cherovia) – fornece calorias, fibra, potássio, ácido fólico e vitamina E;

Tomate – é um fruto rico em antioxidantes, principalmente betacaroteno e licopeno e contém ainda uma boa quantidade de vitamina C e E o que o transforma num super alimento para o sistema cardiovascular e na prevenção do cancro.  

E para que estes alimentos continuem a ser “super”, convém que as pragas e doenças se mantenham à distância.
Na comunidade OpenPD existem técnicos, agricultores e académicos que o podem apoiar, caso tenha dúvidas do que fazer para as combater. Descarregue a aplicação gratuitamente em https://goo.gl/7DVjWX e de forma simples, carregue uma foto, envie-a para o fórum e coloque a sua dúvida…  

Fontes:
(1) Super Alimentos, Coma bem para ser saudável; Straten, M. e Griggs, B.; DK; 2008

Quando se fala em espaço rural, além do património material (casas, terras, animais, …) temos que considerar também o património imaterial (as pessoas e o conhecimento que trazem em si, desde tempos ancestrais).
Neste contexto de ruralidade, há uma profissão que sobressai, a de agricultor, aquele que ao longo de séculos foi modelando a paisagem, outrora com a ajuda de animais e ferramentas “caseiras” e hoje em dia, com o apoio de máquinas e outras tecnologias, que lhe permitem desde sempre fazer agricultura.
E este processo de utilização dos recursos naturais, que leva à produção de alimentos, nem sempre tem em conta a proteção e manutenção dos solos, das paisagens e da biodiversidade, de modo que estes recursos não se esgotem. Muitas vezes isto acontece por falta de conhecimento técnico, outras, por imposições de consumismo ou de interesses económicos…
Mas qual será o futuro da agricultura?

Se por um lado, temos uma população de agricultores cada vez mais envelhecida (cerca de 54% têm 55 ou mais anos), por outro, temos incentivos da UE para o estabelecimento de jovens na agricultura…

Mas estarão estes jovens, dispostos aos sacrifícios que a vida de agricultor exige (uma profissão “sem horários”, que depende das condições climatéricas, da vontade dos consumidores, das condições de mercado, …)?
Terão na sua juventude e irreverência, capacidade de escutar o conhecimento dos mais velhos, adaptando-o à realidade actual e trazendo o sector agrícola para o século XXI? 


Sim, se tiverem por princípio a humildade e conseguirem:
- praticar uma agricultura mais consciente e amiga do ambiente, respeitando quer as normas de saúde pública quer as de bem-estar animal;
- promover de forma integrada os seus produtos, com os da região onde se inserem;
- encontrar novas utilizações para os produtos agro-pecuários em sectores como a cosmética, os medicamentos e o artesanato;
- tirar maior partido das florestas e dos bosques;
- aliar as novas tecnologias (que vão desde a agricultura de precisão, à disponibilização de aplicações para telemóveis – como o OpenPD que pode descarregar gratuitamente em https://goo.gl/WEOF8F, ao melhoramento genético, passando pelos sistemas de informações geográficas e de rastreamento via satélite, entre outras).
Deixe-nos a sua opinião…

Fontes:
Compreender as políticas da União Europeia: Agricultura; Luxemburgo: Serviço das Publicações da União Europeia, 2014
http://goo.gl/VwYxSa


Setembro está quase a chegar e com ele a nova campanha…
É tempo de por as mãos na horta e preparar os terrenos, quer sejam ao ar livre ou em estufa.
Há que fazer novos talhões, escolher as espécies a plantar/semear para o próximo Outono-Inverno, enterrar os estrumes orgânicos e/ou os fertilizantes químicos e se necessário, fazer uma calagem dos terrenos onde vão ficar as couves…

A Norte, no Centro ou no Sul é altura de:
-  semear cenoura, couves, espinafre, hortelã, nabos, rabanetes, alface, beterraba, cebola, ervilha;
-  plantar morangos às primeiras chuvas, batatas e couves;
- colher as últimas abóboras e melâncias, os últimos pepinos, alho-francês e melões, pimentos e tomates desta época;
- aproveitar os restos da limpeza da horta, para construir a pilha de compostagem.


E se as pragas e doenças começarem a atacar, tem a app OpenPD que apoia a sua identificação, disponível de forma gratuita em https://goo.gl/7DVjWX.


Fontes:
 “Calendário Rural”; Ripado, M.F.; Biblioteca Agrícola Litexa (1991)





O tempo quente de Verão, apela às bebidas frescas. E se forem naturais e que ajudem à cura, melhor ainda!
E algumas ervas aromáticas e medicinais, como as que indicamos, são óptimas para se preparar uma infusão gelada:

Alteia ou malvaísco (Althaea officinalis) – a sua raiz faz um “chá” que tem propriedades calmantes e é excelente para aliviar a tosse e as irritações da boca dos fumadores;

Erva-Príncipe (Cymbopogon citratos) – para além de todas a suas propriedades (analgésica, antidepressiva, anti-bacteriana, repelente de insectos…) as suas folhas fazem uma excelente infusão refrescante e calmante;

Funcho (Foeniculum vulgare) – as suas sementes são muito usadas para fazer um “chá” terapêutico, próprio para aliviar dores de estômago e intestino e para acalmar as crianças;


Levístico (Levisticum officinale) – o seu “chá” feito de raízes é usado como tonificante do organismo em geral, podendo ajudar em casos de enxaquecas;

Lúcia-lima (Aloysia triphylla) – apresenta uma fragância relaxante e as suas folhas são usadas em infusões para ajudar a digestão;

Maravilhas (Calendula officinalis) – o “chá” confecionado com as flores e folhas alivia dores de estômago e dores menstruais;

Salva (Salvia officinalis) – esta planta ajuda a actividade da vesícula e ajuda a digerir as comidas mais pesadas. O seu “chá” pode ser gargarejado para tratar gargantas inflamadas e ajuda na produção de leite das mães no período de aleitamento;

Valeriana (Valeriana officinalis) – para fazer um “chá” desta planta, use as suas raízes cortadas em pedaços e vai sentir o seu efeito calmante, anti-stress e anti-insónia a funcionar.
Fontes:
Ervas Aromáticas de A – Z; Andrea Rausch e Brigitte Lotz; Lisma; 2005
“Os trabalhos sazonais de semear e colher tornaram-se parte integrante do reportório convencional da arte desde muito cedo” (1).

Do Egipto com a sua agricultura sedentarizada, passando pela Europa continental, onde eram bem definidas as quatro estações do ano – Primavera, Verão, Outono e Inverno, as tarefas agrícolas serviram de inspiração para grandes autores, quer na pintura quer na literatura ao longo de séculos de história.
No decorrer dos tempos, muitas pragas e doenças das plantas foram devastando as culturas, sem que nada se pudesse fazer.
Hoje, graças ao avanço da ciência e da tecnologia, estão disponíveis para os agricultores várias opções de combate que passam pela luta química, física, biotécnica, biológica, … e pelo uso de aplicações para telemóveis onde se enquadra o OpenPD.
Esta app, apoia de forma simples e rápida a identificação de pragas e doenças das plantas, sendo apenas necessário fazer o descarregamento gratuito da mesma na Google Play Store em https://goo.gl/nmjuNQ.

Fontes:
1 – Flora, Jardins e Plantas na Arte e Literatura; Edward Luci-Smith; Livros e Livros; 2001
Apesar de a época das cerejas em Portugal ser essencialmente entre Maio e Julho, em pleno Agosto ainda se conseguem comprar em alguns locais. E a sua cor vermelho-escura e polpa carnuda tornam este fruto muito apetecível.
Aliada a estas características, são ainda: ricas em polifenóis e flavonóides, importantes antioxidantes, têm um bom teor de fibra, cálcio, ferro e vitamina C e desempenham uma função diurética devido ao elevado conteúdo em água e potássio.

E não é só o fruto que encanta…
Na época de floração (que marca a transição do Inverno para a Primavera), as cerejeiras são um dos espectáculos mais belos da natureza e que regalam a vista não só em Portugal (principalmente na zona do Fundão/Cova da Beira) como pelo mundo inteiro, sendo uma espécie muito apreciada no Japão.
Para os japoneses, a flor de cerejeira simboliza a beleza feminina, o amor, a felicidade, a renovação e a esperança e relacionam-na com a sua vocação guerreira que se baseava no lema “viver o presente sem medo”.
Para eles, é a sua flor nacional, à qual atribuíram o nome de “Sakura” e neste país estão identificadas mais de 300 variedades de cerejeiras.

Mas para que, tanto a flor como o fruto possam ser apreciados, as árvores têm que crescer saudáveis, sem pragas e doenças que as possam afectar, enfraquecendo ou provocando a sua morte.
Entre as mais comuns temos: a mosca da fruta (Ceratitis capitata), os afídeos (Myzus cerasi), as larvas de Caliroa cerasi, os diversos nemátodos e fungos, a moniliose (Monilinia fructigena) e o cancro bacteriano (Pseudomonas sp.).

Se tiver dúvidas, junte-se à comunidade OpenPD e depois de descarregar gratuitamente a app em https://goo.gl/Z8s1BD, faça a sua publicação no fórum e peça ajuda para identificar sintomas e obter dicas sobre medidas de combate.

Fontes:
http://goo.gl/jv6B75
http://goo.gl/kH25T5

Quando se fala em “praga”, associa-se esta definição a um organismo animal cuja actividade compete com o Homem por recursos comuns.
De um modo geral, se o ataque da praga é intenso, os estragos nas culturas são grandes e os prejuízos também.

Na tabela abaixo, encontra informação relativa a algumas das pragas que provocam danos nas culturas hortícolas e que preocupam os agricultores. 

Quando utiliza o controlo químico, deve ter em conta se o esforço financeiro do encargo é compatível com o resultado que pretende obter, dado que, ao optar por esta via, destroem-se também os insectos auxiliares que podem apoiar não só a polinização como também o próprio controlo natural das pragas.
Se, no entanto, utilizar pesticidas, recorra aos menos perigosos, que tenham menor persistência e que deixem menos resíduos quer no solo quer nas culturas.
Deve ter também atenção à leitura e interpretação correcta dos rótulos dos produtos a aplicar, bem como, respeitar as instruções do fabricante. 

Caso tenha dúvidas quanto à praga que ataca as suas culturas, pode sempre utilizar a aplicação para telemóveis OpenPD e de forma simples e rápida partilhar o seu problema… Do outro lado, estará um fórum à sua disposição onde agricultores, técnicos e académicos o podem ajudar.
Descarregue a app em https://goo.gl/iPc0A1 e aproveite o conhecimento disponível de forma gratuita.

Fonte: Guia Prático de Horticultura, Elisabeth Arter, Editorial Presença, 3ª Edição, 2010