Hoje em dia, é comum por todo o país
(principalmente nas cidades do litoral) existirem as chamadas “hortas
urbanas”.
E há as oficiais, isto é, aquelas que foram
devidamente planeadas pelas Câmaras Municipais e outras entidades reconhecidas e
as que surgiram de forma aleatória, à beira das estradas, nas rotundas e
circunvalações, nos quintais outrora abandonados, …
Segundo Raquel
Antunes Saraiva, na sua tese de Mestrado em “Gestão do Território”:
“A abertura dos mercados e o incremento da importação de produtos
alimentares tem vindo a prejudicar quer o mercado local, quer a sociedade,
devido aos custos ambientais, provocados pelas distâncias percorridas entre
países, pela perda de oportunidades a nível das economias locais, extinção de
variedades tradicionais, alterações da dieta alimentar, alterações na paisagem
provocadas pelo abandono da actividade agrícola e agravamento da balança
comercial. Deste modo, foi integrada a componente ambiental nas políticas
urbanas para defender a criação de medidas de mitigação dos problemas
apresentados, aumentando gradualmente a qualidade de vida dos seres vivos. A
agricultura urbana revela-se assim, em pleno século XXI, como parte integrante
do modelo de desenvolvimento da cidade. Deste modo, as hortas urbanas são uma estratégia a nível local e traduzem-se na
forma espontânea de utilizar os espaços intersticiais das cidades, contribuindo
para o valor estético da paisagem, controlo climático, espaço de recreio e lazer,
abastecimento alimentar local e regional.”
E se há quem faça da sua horta urbana, o espaço onde vai descontrair do
stress do dia a dia, sem ter necessidade de ir ao ginásio ou ao psicoterapeuta,
também há quem cultive o pedaço de terra que encontrou ou que lhe foi
atribuído, para apoiar a sua economia doméstica.
Seja por um ou outro motivo (ou ambos), o importante é que não só os
terrenos não ficam ao abandono, como se está a contribuir para o bem-estar
físico da população, dois fatores importantes para o desenvolvimento saudável e
sustentável da sociedade.
Compare as Kcal gastas em
várias atividades físicas com a agricultura…
GASTO CALÓRICO DA ATIVIDADE EM KCAL/HORA (Calculado para uma pessoa de 70
kg)
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Andar de bicicleta
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180 a 300 kcal/hora
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Agricultura/jardinagem
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530 kcal/hora
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Caminhar rápido
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520 kcal/hora
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Caminhar devagar
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240 kcal/hora
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Computador
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95 kcal/hora
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Corrida
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500 a 900 kcal/hora
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Cozinhar
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168 kcal/hora
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Dançar
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605 kcal/hora
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Dormir
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60 kcal/hora
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Escrever
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10 a 20 kcal/hora
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Estudar
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120 kcal/hora
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Exercício leve
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310 kcal/hora
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Falar ao telefone
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85 kcal/hora
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Jogar vídeo jogos
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108 kcal/hora
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Jogar futebol
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580 kcal/hora
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Lavar louça
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60 kcal/hora
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Limpar a casa
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300 kcal/hora
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Natação
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500 kcal/hora
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Subir escada
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1000 kcal/hora
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Trabalho mental casa
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60 kcal/hora
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A não ser que suba escadas a toda a hora, jogue como um profissional de
futebol, corra como uma lebre ou dance, então, vale a pena fazer agricultura!
E com aplicação móvel OpenPD (http://goo.gl/809IES) para identificação das pragas e doenças das plantas tudo fica mais fácil
ainda…
Fontes:
http://goo.gl/xv3gLN
http://goo.gl/i6l4EQ
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