As plantas são hospedeiras de parasitas de diversos tipos. Mas os três
grandes grupos com quais os agricultores se devem preocupar são os que se
apresentam no quadro seguinte.
Tipo de parasita
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Modo de atuação
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O que fazer?
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Bactérias e vírus
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Introduzem-se
nas células produzindo alterações do metabolismo com o inevitável enfraquecimento
da planta até à sua morte. As bacterioses
e viroses são difíceis de tratar e até de diagnosticar, dado que ainda
não há muitos tratamentos específicos e os seus sintomas se confundem muitas
vezes com carências minerais, acidentes fisiológicos provocados pelo clima ou
toxicidade de produtos fitossanitários.
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Usar medidas
profiláticas:
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arrancar e queimar plantas contaminadas;
-
evitar o contágio de plantas sãs, desinfetando as ferramentas de poda.
Dica: consultar um
fitopatologista se detetar sintomas não atribuíveis a agentes conhecidos.
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Fungos
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Desenvolvem-se,
geralmente, no interior das plantas entre as células, emitindo hifas que
absorvem os seus nutrientes. Por este motivo, depois de iniciado o ataque a
luta é mais difícil.
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Usar medidas preventivas:
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pulverizações periódicas com fungicidas quando se reúnem as condições de
temperatura e humidade favoráveis ao ataque.
Dica: o oídio é um dos
casos em que o fungo se desenvolve sobre as folhas e em que é possível o
combate posterior à infeção.
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Pragas
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Diz
respeito ao grupo onde se encontram os animais, em geral aves, roedores e artrópodes, principalmente insetos e ácaros, que se alimentam das plantas por mastigação dos
tecidos ou sucção da seiva.
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Os
processos de combate podem ser preventivos ou curativos:
Preventivos – essencialmente para pragas que atacam flores
ou frutos, pois os estragos levam à improdutividade ou desvalorização do
produto.
Curativos – atuam sobre a
praga, quando esta já está instalada.
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Mas
como atuam os inseticidas e acaricidas?
Existem diferentes possibilidades
de combate às pragas, considerando o tipo de produto:
- o de contato, que atua criando uma barreira tóxica sobre os órgãos das plantas, causando a morte das pragas, essencialmente por contato direto com o produto, por ingestão ou inalação de vapores;
- o sistémico, que se introduz na planta e se espalha pelos seus tecidos, levando à morte do parasita essencialmente por ingestão;
- o que atua tendo em conta a fase do ciclo de vida do parasita, atuando especificamente contra ovos, larvas, etc;
- o polivalente, que atua sobre muitas espécies (é desaconselhado pois atua sobre a praga e sobre todos os auxiliares que combatem de forma natural essa mesma praga, podendo causar uma rutura no equilíbrio biológico e levar a que a praga volte a atacar ainda com mais intensidade);
- o específico, que só ataca certas espécies (é um dos tipos de produtos aconselhado, pois sendo seletivo na espécie, não ataca os auxiliares).
Independentemente do produto
que escolher, tenha sempre em conta que
as próprias pragas são úteis, no sentido
em que fazem parte dum complexo equilíbrio entre as espécies, em que umas
servem de alimento às outras.
Não deve pretender a
destruição total da praga, mas a manutenção da mesma num nível economicamente
tolerável.
Se encontrou algum destes parasitas na sua
parcela ou tem dúvidas, consulte a comunidade OpenPD, que apoia a identificação de pragas e doenças das plantas.
Descarregue a aplicação de forma gratuita aqui: https://goo.gl/oIs1bV e visite o nosso site em http://www.openpd.eu/.
Fontes:
Fruticultura geral, Cerqueira J., Biblioteca Agrícola Litexa,
3ª Ed.
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