Afídeos – uma praga muito comum…



Os afídeos são uma das pragas mais comuns e prolíferas das fruteiras, hortícolas, plantas ornamentais e plantas domésticas.

Sabia que…
  • na Europa existem mais de 500 espécies de afídeos, mas as que mais causam problemas na agricultura são cerca de 250?
  • são muitas vezes designados por piolhos-verdes ou piolhos-negros, embora existam numa enorme paleta de cores?
  • alguns alimentam-se indistintamente de plantas (são designados polífagos – ex: piolho-da-fava / Aphis rumicis), mas a maioria limita as suas atividades a uma só planta (são os monófagos – ex: piolho-do-morangueiro/ Aphis forbesi)?
  • há afídeos que permanecem na mesma planta durante todo o ano, enquanto outros migram para novas plantas hospedeiras em determinadas alturas do ano (cumprindo os seus ciclos de vida)?

Estas pragas, alimentam-se absorvendo a seiva das plantas (alguns afídeos também atacam as raízes) e existem por todo o mundo, embora sejam mais frequente nas regiões temperadas, onde há também maior diversidade de espécies hospedeiras.
Sabe-se que os afídeos podem:
  • migrar a grandes distâncias, principalmente por dispersão passiva (isto é, levados pelo vento) ou pelo transporte por parte de humanos, de materiais vegetais infetados;
  • multiplicar-se rapidamente enfraquecendo o desenvolvimento vegetativo das plantas, deformando as folhas e os jovens rebentos;
  • ser um dos meios mais importantes de transmissão de vírus nos jardins, nas hortas e nas estufas.

Efeitos secundários visíveis da presença dos afídeos
Problema futuro
Aparecimento de um melaço viscoso sobre os ramos e folhas
Atração de formigas
Ser local onde se vai desenvolver um fungo negro, a fumagina
Aparecimento de lesões
Podem permitir a entrada de doenças




Dicas sobre prevenção e tratamento:
  • Apoie o aparecimento de inimigos naturais dos afídeos, tais como joaninhas, sirfídeos, crisopas, aranhas, bichas-cadelas, chapins-azuis (entre outros);
  • Ofereça às plantas as melhores condições de crescimento. Plantas com problemas são sempre mais suscetíveis;
  • Não exagere nos fertilizantes azotados. O excesso de azoto, promove o aparecimento de muitos rebentos jovens que além de frágeis são muito atrativos para os afídeos;
  • Faça rotação de culturas para evitar o aparecimento de afídeos que ataquem as raízes;
  • Raspe as colónias de pulgões-lanígeros assim que os detetar e pode e queime os ramos que estiverem lesionados;
  • Interrompa o ciclo de infeção ao remover todas as plantas vulneráveis em determinada altura do ano e enterre-as numa vala;
  • Sempre que possível cultive variedades mais resistentes.

Lembre-se que, ao descobrir mais sobre os habitats de determinados afídeos – saber quando se estabelecem num sítio, se a praga se irá propagar ou não – pode ajudar o agricultor a delinear uma estratégia de luta.

Se tiver dúvidas, descarregue a aplicação para telemóveis OpenPD aqui: https://goo.gl/NSzcKt e participe no fórum de discussão. É fácil e gratuito! 


Fontes:
A Horta e o Jardim Biológicos; Pears P. e Stickland S.; Publicações EuroAgro (Fev. 2006)
https://goo.gl/Z2Zhek

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