A romãzeira, de
seu nome científico Punica Granatum (significa literalmente “maçã com sementes”), é
uma espécie originária da Pérsia, mas que atualmente está adaptada a diferentes
regiões, como o Mediterrâneo, a América do Sul, os Estados Unidos, ....
Desde
tempos imemoriais, a romã, é considerada uma relíquia sagrada da natureza que simboliza o amor, a vida, a união, a paixão,
o sagrado, o nascimento, a morte e a imortalidade,
sendo referenciada
em diversas culturas por estas e mais algumas razões.
Sabia que?
Os romanos chamavam à romã “maçã de Cartago” ou “fruto de grãos”.
Homero,
no seu poema épico “Odisseia” também a descrevia…
Na Arménia,
Brasil e China é símbolo de fertilidade, abundância e sorte.
No Irão,
é significado de boa saúde e uma vida longa.
O nome da
cidade espanhola de Granada tem origem na palavra em latim “Granatum”.
No livro
do Êxodo, há relatos de romãs esculpidas no Templo de Salomão.
O profeta
Maomé afirmava: “comam romãs, para se livrarem da inveja e do ódio”.
Na mesa
dos católicos as romãs não podem faltar no Natal, como símbolo de retidão e
honradez.
Mas para termos romãs, temos que as cultivar… Então o que saber
e fazer?
Para se
terem pomares de romãzeiras extreme com boa produção, é essencial conhecer a
espécie e as suas necessidades em termos culturais.
Caraterísticas gerais:
A romãzeira pode ter a forma de pequena
árvore ou arbusto, atingindo entre dois a cinco metros de altura, com um tronco
acinzentado e ramos avermelhados quando novos.
As folhas
são verdes, brilhantes e as flores são em geral vermelho-alaranjadas, podendo
ser simples ou dobradas dependendo das variedades.
A romã, “fruto” que em termos agronómicos se designa infrutescência, tem
uma forma arredondada e achatada, encimada por um cálice que lembra uma
coroa. Apresenta uma casca grossa e resistente, de cor vermelho escuro a
púrpura podendo também ser amarela, que serve de proteção ao interior que está preenchido
por minúsculas sementes comestíveis de cor vermelho forte ou carmim, com sabor
agridoce e refrescante, agrupadas dentro de compartimentos separados por
membranas, de cor pálida e sabor amargo.
Apesar de encontrarmos romãs
à venda durante todo o ano, a época em que as suas propriedades organoléticas estão mais apuradas situa-se entre o
início de Outubro e meados de Dezembro.
Exigências
edafoclimáticas:
A romãzeira não é exigente em solos, mas prefere os mais profundos do
tipo aluvião.
Adapta-se bem a solos de reação alcalina e até
com alguma humidade. No entanto, o solo ideal deve ter textura ligeira, ser
permeável, profundo e fresco.
É tolerante à seca, à salinidade, à clorose
férrica e ao calcário ativo.
Quanto ao clima, o mais
adequado para o cultivo desta espécie é o subtropical, temperado quente ou até
o tropical. Fora destas regiões, adapta-se bem aos climas temperados e
mediterrânicos, em locais onde as temperaturas sejam elevadas na época de
maturação dos frutos e não desçam abaixo dos -15ºC.
Apresenta-se sensível às geadas tardias de
primavera.
Práticas
culturais:
A altura mais propícia para efetuar a plantação
é a época compreendida entre o início de janeiro e o começo da primavera, ou
seja, na época de repouso vegetativo da planta, embora nos meses de janeiro e
fevereiro, se obtenham melhores resultados.
Além da época de plantação, também devem ter-se em conta outras práticas, que contribuem para um
melhor desenvolvimento do pomar de romãzeiras, como por exemplo:
- Gradagem: deve ser feita a 20/40 cm de profundidade e com uma ripagem na linha;
- Camalhões: devem ser feitos com nivelador de modo a evitar o problema da asfixia radicular;
- Compassos aconselhados: 6x4m (é o que melhor garante a iluminação, permitindo a coloração dos frutos e também o manuseamento fácil dos equipamentos de cultivo), 6x3m, 5x3m, 5x2.5m.
- Adubo: deve ser de libertação lenta;
- Tutores e tubo de proteção: devem ser colocados em cada planta;
- Nos primeiros dois anos não é aconselhável o uso de herbicidas residuais;
- No segundo inverno pode ser passado um herbicida na linha.
Quanto à rega, a gota-a-gota com dois gotejadores nos primeiros anos e quatro
gotejadores por árvore a partir do 5º ano de vida do pomar é a mais
aconselhada, com débitos que vão dos 10 até 30 m3/dia.
A quantidade total aproximada de água por campanha prevê-se nos 4.000 m3/ha.
A quantidade total aproximada de água por campanha prevê-se nos 4.000 m3/ha.
Relativamente
à poda anual, deve
realizar-se de fins de dezembro a fins de janeiro, tendo como principais
objetivos:
- provocar o arejamento e a iluminação da copa, retirando madeira velha, ramos mal inseridos ou que apresentem alguma doença ou ataque de pragas;
- retirar os ramos ladrões, que se formam no centro da copa e junto ao tronco, de forma a não permitir a formação de um arbusto, visto que é esta a tendência natural da árvore;
- facilitar a aplicação de tratamentos fitossanitários.
Para um melhor controlo de infestantes, aconselha-se fazer-se o enrelvamento
permanente na entrelinha, com destroçamento das infestantes e a utilização de
um herbicida na linha, uma ou duas vezes por ano.
Principais pragas e
doenças:
As pragas
mais comuns são os afídios (Aphis punicae), que aparecem normalmente em
meados de Maio e a mosca do mediterrâneo (Ceratitis capitata).
As doenças
que mais prejudicam a cultura são a podridão do fruto (Botrytis cinerea) e o crivado (Clasterosporium
carpophilum).
Acidentes
fisiológicos:
Dados
estatísticos apontam quebras de produção de cerca 30 %, devido a estes
acidentes.
O mais comum é o rachamento do fruto, e é provocado pelo desequilíbrio hídrico entre
a fase de crescimento e de maturação do fruto.
Este acidente acentua-se em anos de seca e nas
cultivares de floração tardia.
Outras situações que podem provocar o
rachamento dos frutos são – a salinidade da água e a precipitação na altura da
colheita.
Outro acidente que também se costuma verificar
é o escaldão, que é provocado por
forte insolação, levando a queimaduras nos frutos que apresentam na casca
pequenas gretas e manchas de cor castanha a negra.
Ao
contrário da maioria das outras frutas, que quanto mais radiação solar recebem,
maior coloração adquirem, no caso da romã, nos locais em que o sol incide
com mais intensidade e durante mais tempo, os grãos no seu interior ficam mais
esbranquiçados.
Após este acidente, os frutos ficam com um
sabor ácido e desagradável.
Quando olhamos para as romãs, à primeira vista
parecem ser praticamente iguais em termos de forma, mas a verdade é que existem
muitas variedades.
As mais populares são as que constam do quadro
a seguir.
Variedades
|
Caraterísticas
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Angel Red
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Dente de Cavalo
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EMEK
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Wonderful*
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Mollar de Elche*
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Mollar de Valencia*
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* Estas variedades estão livres de royalties.
A nível mundial os maiores produtores são: Afeganistão, Irão, Israel, Brasil, EUA,
Itália e Espanha, sendo esta o maior exportador europeu.
Comercialização:
Uma vez que ainda há
poucos pomares extremes de romãzeiras em produção em Portugal, a
concentração da oferta é reduzida e a qualidade dos frutos é heterogénea.
Espanha é assim, o
principal fornecedor do mercado nacional, com uma quota que se estima ser de
quase 100 %.
A comercialização da parca
produção portuguesa é caraterizada por:
- ser feita maioritariamente ao nível dos pequenos mercados regionais;
- as vendas para o exterior serem praticamente nulas.
Durabilidade:
As romãs podem manter-se em
boas condições durante muito tempo, se forem armazenadas a baixas temperaturas
(entre 0º e 5ºC). Neste caso continuam a amadurecer, tornando-se mais
sumarentas e saborosas, podendo manter-se assim durante meses. Devido à dureza
da casca, possuem também uma boa resistência ao transporte.
Mas porque é a romã tão apetecível?
- É um fruto, que se degusta ao natural, grão a grão, em saladas, como guarnição de pratos, em gelados, compotas e em bebidas ou xaropes, como o famoso Grenadine.
- Apresenta uma incomparável suculência, devido ao seu elevado teor de água (80%).
- Tem baixo valor calórico (100 gramas da fruta têm 62 calorias), devido ao seu menor conteúdo em hidratos de carbono e uma quantidade significativa de potássio, cálcio, fósforo e vitaminas A, B e C.
- Tem baixo teor de açúcares (17%).
- É um excelente depurativo, purificador do sangue e desintoxicante, fortalecendo as defesas do organismo.
- Possui propriedades anti-inflamatórias e digestivas.
- Ajuda a reduzir o colesterol no sangue.
- Ajuda a prevenir doenças como a diabetes, a obesidade e hipertensão.
- Fortalece o sistema imunitário e previne o cancro.
- É um poderoso antioxidante por conter mais de 80 fitoquímicos (a sua capacidade é quase 3 vezes superior à do vinho tinto e chá verde).
- Como essência floral, é usada para equilibrar os aspetos yin e yang.
Por tudo isto e muito mais que vai descobrir por si…
Dica: Para ser mais fácil abrir uma romã e as sementes saírem, deve
desmanchar o fruto cortado em quartos dentro de água. A parte comestível vai
ao fundo, pois é mais pesada, e a parte amarela, que não se come, flutua.
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E não se esqueça… no “Dia
de Reis”, coma três bagos de romã
e peça aos Reis Magos prosperidade (cujo significado é muito abrangente - ganhar dinheiro, ter um novo emprego,
empreender alguma nova atividade com sucesso, ter boas amizades, novos amores, reconciliação,
sabedoria, …
Plante ou coma romãs e seja feliz em 2017!
Fontes:
https://goo.gl/TeG3w5
https://goo.gl/P1PR00
https://goo.gl/SpEI1z
https://goo.gl/MrG1Is
https://goo.gl/PKVgGX
https://goo.gl/hgqnh8
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