O conceito de agricultura sintrópica nasceu na década de 80, pela mão de Ernst Götsch, um agricultor suíço e estudioso destas
matérias, que emigrou para o Brasil.
Este tipo de
agricultura vai mais além do que a agricultura biológica, a agricultura
regenerativa, a agroecologia ou até a permacultura, sendo constituído por um
conjunto teórico e prático de um modelo no qual, os processos naturais são
traduzidos para as práticas agrícolas por:
- associar culturas agrícolas com culturas florestais (a plantação é orientada pela sucessão natural e pela estratificação);
- trabalhar a favor da natureza e não contra ela;
- recuperar os recursos em vez de explorá-los;
- caminhar do simples para o complexo (sintropia = tendência dos sistemas naturais evoluírem no sentido de estruturas de organização cada vez mais complexas);
- recuperar pelo uso, olhando para o todo (cosmovisão ou visão holística).
E neste modelo, não se considera que haja
concorrência ou competição entre as espécies, há antes cooperação, sendo as
pragas os “agentes de fiscalização do sistema”!
Segundo E. Götsch, no
texto “Homem e Natureza” a agricultura
sintrópica é “uma tentativa culta
de conseguir o necessário para nos alimentarmos… sem empobrecer a vida na
terra. Isto implica considerarmos um gasto mínimo de energia, onde não cabe
maquinaria pesada, agroquímicos e outros adubos trazidos de fora do sistema. A
agricultura, dessa forma, passa a ser uma tentativa de harmonizar as atividades
humanas com os processos naturais de vida, existentes em cada lugar que
atuamos. Para conseguirmos isto, é preciso que haja em nós mesmos uma mudança
fundamental, uma mudança na nossa compreensão da vida.”
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